O presidente Jair Bolsonaro salientou que o agronegócio brasileiro é um exemplo quando o assunto é aliar produção e sustentabilidade. Essa vocação, segundo o presidente, ocorre com bases científicas, protagonizada por entidades como a Embrapa. “Os produtores rurais, mesmo durante a pandemia, não pararam, mantiveram a economia viva, garantido a segurança alimentar para bilhões de pessoas no mundo. Nosso país consegue alimentar mais de 1 bilhão de pessoas”, celebrou.
O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, avaliou positivamente o volume de recursos disponibilizado neste ano safra, porém atentou para as altas taxas de juros. “Produtividade se constrói com planejamento e previsibilidade. Se o setor agropecuário sabe o quanto terá à disposição para contratar crédito, fazer o seguro rural, pode se dedicar ao seu trabalho de alimentar o mundo.
Esse plano superou nossas expectativas, com a previsão de valores mais robustos do que aqueles disponibilizados nos anos anteriores. O que chamou nossa atenção, porém, foi o aumento nas taxas de juros. A FAEP já esperava esse aumento, mas não imaginava que ultrapassaria os dois dígitos, como no caso dos programas Moderfrota, Procamp Agro, Moderagro e Inovagro”, elencou.
Durante a cerimônia de anúncio do plano, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, destacou o trabalho do governo federal em prol do segmento agropecuário. “Neste governo, o setor alcançou o protagonismo em políticas públicas. Uma entrega condizente com o papel desempenhado pelo agro do nosso país, lançando um plano safra capaz de atender aos seus diversos segmentos”. O dirigente da pasta, que assumiu o ministério após a desincompatibilização da então ministra Tereza Cristina, que deverá disputar uma vaga ao Senado, também destacou a participação das organizações representativas do setor na elaboração do plano. A FAEP encaminhou um documento com propostas (leia no quadro ao lado). “Muitas entidades apresentaram sugestões e estudos que contribuíram para a elaboração desse plano”, disse.
Em fevereiro, a FAEP, junto com a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), encaminhou ao governo federal um documento com pedidos do setor agropecuário paranaenses para o Plano Agrícola Pecuário (PAP) 2022/23. O material foi desenvolvido com base em estudos elaborados pelas equipes técnicas das entidades e de sugestões dos sindicatos rurais.
Para o técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da FAEP Luiz Eliezer Ferreira, o valor disponibilizado será fundamental para o próximo ciclo no Paraná, considerando que o Estado liderou as contratações de crédito rural na safra 2021/22, atingindo o montante superior a R$ 36 bilhões.
“Os produtores paranaenses recorrem aos recursos federais para custeio, investimentos e industrialização de produtos agropecuários. O valor disponibilizado vai permitir nova contratações para o desenvolvimento da agropecuária estadual”, destacou Ferreira.
FONTE: CNA Brasil
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